Campo de Santana

Pintura do altar-mor da Capela do Palácio da Bemposta, 1793, Guiseppe Troni. Fotografia de José Vicente
Pormenor da pintura do altar-mor da Capela do Palácio da Bemposta. Tela figurando a padroeira (Nossa Senhora da Conceição), da autoria do pintor italiano Guiseppe Troni, à qual foi aposto em primeiro plano um friso de retratos de elementos da família real (D. Maria I, D. João VI, D. Carlota Joaquina), segundo alguns autores pelo pintor inglês F. Hickey. Fotografia de José Vicente
Os pretos em cavalinhos de pasta. Gravura de C. Legrand, séc. XIX. Museu de Lisboa
O capinha metendo as farpas. Litografia de C. Legrand, séc. XIX. Museu de Lisboa


PRESENÇA AFRICANA NA COLINA DE SANTANA (SÉC. XVI-XVII)

A presença africana na Colina de Santana remonta ao séc. XVI, onde o matadouro e o campo do curral congregavam uma população desfavorecida, mas também como serviçais  nos palácios e conventos que, gradualmente, foram sendo construídos naquele espaço.

Ali habitaram largas centenas de escravos e libertos, contando-se só no período entre 1580 e 1662 mais de meio milhar de africanos e afro descendentes católicos.

Não receberei Alexandre escravo do Regedor com mulher alguma porque Madalena Soares preta da freguesia de S. Lourenço sujeita de Brites Nogueira lhe põe impedimento para que não case com Domingas do Rosário da freguesia de S. Sebastião da Mouraria.
                                         Arquivo Distrital de Lisboa, Rol dos Embargos, 1616.

A presença feminina africana, muito associada à distribuição de água e ao Chafariz de Sant’Ana (séc. XVIII), deixou marca na toponímia local, no Beco e Pátio das Pretas, denominações ainda em uso no séc. XIX. Descendo a colina, já em S. José, a Rua das Pretas, cuja primeira notícia é de 1666, é também uma reminiscência toponímica desta identidade.

AS TOURADAS (SÉC. XIX)

Desde o século XVIII que as touradas foram um dos entretenimentos preferidos dos lisboetas. Nas arenas do Salitre e do Campo de Santana, alguns negros notabilizaram-se como intervaleiros, divertindo o público nas pausas com a representação de cenas cómicas. De entre esses negros, ficou célebre o “Pai Paulino”.

 

 

 

 

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