RESUMO:

Os trabalhos de reabilitação urbanística que têm decorrido no último ano na área do Campo das Cebolas levou à realização de trabalhos arqueológicos em toda esta frente ribeirinha, conhecida como Ribeira Velha, com vista à minimização de impactos no património encontrado.

A intensa e contínua ocupação desta artéria vital da cidade revelou-se com particular interesse durante os trabalhos arqueológicos, revelando e confirmando realidades por nós até agora conhecidas apenas através de fontes históricas, cartográficas e iconográficas. Esta riqueza e manancial de informação que abrange séculos de história manifesta-se em milhares de artefactos e vestígios, desde cerâmicas, objectos do quotidiano, estruturas portuárias e embarcações. Entre todos chamou-nos a atenção o conjunto de cerâmica classificada como majólica de origem italiana, que iremos revelar em primeira mão e numa abordagem preliminar neste Ciclo de Conferências Luso-Italianas dedicadas à época Medieval e Moderna.

Este trabalho enquadra-se no projeto Reabilitação do Campo das Cebolas da EMEL e da Câmara Municipal de Lisboa e esteve a cargo do consórcio de arqueologia das empresas: Arqueologia e Património, Empatia, Arqueologia, Conservação e Restauro e Império Arqueologia.

Ana Catarina Garcia - CHAM

Investigadora do CHAM e Bolseira da linha do Mar, Doutoranda em História-Variante Arqueologia com um estudo intitulado: “Sistemas Portuários Dos Impérios Marítimos Português E Britânico no Atlântico: Uma Abordagem Comparativa (Séculos XV-XVII) pela FCSH da UNL. “Mestre em História Insular e Atlântica pela Universidade dos Açores, desde abril de 2009, com a tese intitulada “O porto de Angra no séc. XVII e o sistema portuário do Atlântico”, e Licenciada em História - Variante arqueologia desde 1996. Tem trabalhado recentemente temas ligados à História da Baleação e à História Ambiental cumulativamente ao seu interesse e envolvimento em projetos ligados à arqueologia náutica e subaquática de onde se destaca a recente intervenção no Campo das Cebolas e o ”Projeto de localização do sítio de naufrágio do submarino U-581”, na ilha do Pico nos Açores.

Trabalhou cerca de 15 anos nos Açores tendo estado 10 deles ao serviço da Direção Regional da Cultura onde foi responsável pela gestão e instrução de processos ligados à gestão do património arqueológico dos Açores, onde se destaca o projeto de classificação da Baía de Angra em Parque Arqueológico. Tem mais de 30 artigos publicados na sua especialidade e uma vasta experiência na área da arqueologia marítima.

Cláudia Rodrigues Manso - Empatia Arqueologia Lda (arqueóloga)

Licenciada em Arqueologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, completou o mestrado em Arqueologia Medieval na mesma instituição em 2013, nas vertentes de Arqueologia da Arquitectura e Arquitectura Militar, com o título “O Castelo do Alandroal: uma perspectiva através da Arqueologia da Arquitectura”. Com vasta experiência em arqueologia urbana, escava há mais de uma década na cidade de Lisboa, onde coordenou diversas intervenções, contando-se entre as mais recentes os projectos do Quarteirão do Corpus Christi (na Baixa de Lisboa) e o Projecto de Reabilitação do Campo das Cebolas, actualmente em curso. Com diversos trabalhos desenvolvidos nas áreas da arqueologia medieval e moderna, participou em projectos de investigação, tais como o Projecto de Integração e Revalorização da Cerca Velha de Lisboa, e o Projecto Portugal e o Sul de Marrocos, na fortaleza portuguesa de Azamor com o CHAM.

Actualmente, a par dos seus trabalhos de coordenação científica acumula funções enquanto vice-presidente da Associação Profissional de Arqueólogos.

Entrada Livre | Limitada à capacidade da sala

Local: Gabinete de Estudos Olisiponenses, Palácio Beau Séjour, Estrada de Benfica, 368

Informações: lella.45@hotmail.com

Programa do ciclo: www.cham.fcsh.unl.pt