Rua da Madalena

O BATISMO E UM NOVO NOME

Mandamos que qualquer pessoa, de qualquer estado e condição que seja, que escravos ou escravas da Guiné tiverem, os façam batizar […] sob pena de os perderem.
Ordenações Manuelinas, Liv. 5, Tit. 99

A desaparecida Igreja de Nossa Senhora da Conceição, ficava localizada perto da atual Igreja da Madalena e era nesse local que por ordem do rei D. Manuel, em 1513, eram batizados os escravos recém-chegados das “conquistas”.

A responsabilidade do batismo passou a pertencer aos donos, bem como a sua catequização, em qualquer igreja da cidade, normalmente no paroquial do local de residência. O ato simbólico do baptismo marcava uma nova existência para o escravo, que adquiria um nome cristão. Como sinal da nova existência e fazendo tábua rasa do passado, a adopção de nomes da hagiologia ocidental tornou‑se dominante.


Sobre este tema consultar: https://www.academia.edu/78109525/ESCRAVOS_E_LIBERTOS_NA_SOCIEDADE_DE_LISBOA_DO_S%C3%89CULO_XVII_FRAGMENTOS_DE_EXIST%C3%8ANCIAS

Joana da Áustria, Cristõvão de Morais, 1551. Royal Museums of Fine Arts of Belgium
À Porta da Igreja. Óleo s/ tela. Anónimo, 2ª met. do séc. XVIII. Museu de Artes Decorativas (FRESS)
Atitude das Portuguesas na Igreja. Aguarela. Zacharie, Felix Doumet, 179(?) - 1806. Museu de Lisboa
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