O Alfaiate

Imagem 1 - Oficina do Alfaiate, Quiringh Van Brekelenman. Óleo sobre tela, (1661-1662). Rijksmuseum, Amesterdão.
Imagem 2 - Típicos nobres portugueses do séc. XVI, - “Retrato de D. Aires de Saldanha” e “Retrato de D. Joana de Albuquerque”, Juan Pantoja de la Cruz, (1591-1600). Museu Nacional do Traje e da Moda, Lisboa.
Imagem 3 - “Tabela de capas e roupa” publicado no “Libro de Geometria Práctica y Traça”, Juan de Alcega (1580). Madrid.
Imagem 4 - A raínha D. Maria Ana da Áustria, mulher de D. João V, Jean Ranc, (1729). Museu do Prado, Madrid.

O labor do alfaiate atravessou os tempos, com gerações de homens artesãos que, ao longo de épocas, fizeram de panos, verdadeiras obras de arte. Mais do que “oficial que corta ou faz vestido”, o alfaiate lidava com a aparência do indivíduo, fator de extrema importância na categorização e diferenciação social. As ferramentas que manuseava, de grande simplicidade como as réguas, compassos, tesouras, agulhas e dedais, contrastavam com o elevado grau de complexidade que o seu desempenho exigia: conhecimentos de aritmética para calcular medidas, de geometria para desenhar os moldes e até de anatomia, para ter em conta as proporções do corpo humano.

O ato de costurar para cobrir ou proteger o corpo é milenar. Os primeiros “vestidos” eram de couro e peles de animais, a eles sucederam vários, como os de linho e lã, algodão, sedas e veludos. Na Época Moderna, o “vestido” não era uma peça única, era toda uma sucessão de elementos, compostos por camadas de roupa, que combinavam o saio, saínho, corpinho, vasquinhas, manto, ou a cinta e camisa, gibão, culotes, braguilhas, roupetas…

O Pe D. Raphael Bluteau, na sua obra de lexicografia do séc. XVIII, descreveu a função do “vestido”: “servia para cobrir o corpo para a honestidade, & para defender o corpo das injúrias do ar” (…) “não há no mundo apparencias mais enganosas que as dos vestidos (…) debaixo de todas elas, o homem he quasi sempre o contrario do que parece (…) foram os vestidos inventados para cobrir, não para enfeitar” (Bluteau,1728,p.456). Esta definição, reflete as preocupações de ordem moral, em linha com o espírito de época.

Ao período compreendido entre os séculos XIV-XV até meados do século XIX, podemos designar de “Era Aristocrática”, pelo desenvolvimento da moda, que se iniciou na segunda metade do séc. XIV, e se restringiu aos círculos da realeza, nobreza e burguesia (Lipovetsky, 2010, pp20-21). Tendo a nobreza sofrido alguma diluição, na medida que se foi estendendo às elites socioeconómicas, como à alta burguesia, o consumo de artigos luxuosos nos itens do vestuário, foi-se alargando a estas camadas sociais, gerando afronta às casas reais. As mudanças de indumentária, não estavam ao alcance da grande massa de camponeses e artesãos, que seguiam e reproduziam o modelo tradicional, onde imperava o comunitário e a manutenção das tradições dos seus antepassados. Anteriormente, e durante milénios, a vida coletiva desenvolveu-se sem a instabilidade e a temporalidade efémera da moda: o vestuário assemelhava-se no género e nas distintas classes sociais, sendo os elementos diferenciadores o tipo de tecidos, as cores e os ornamentos (Lipovetsky, 2010,pp.20-21).

A obra do alfaiate, adquiriu relevância com o despertar da moda, imprimindo elementos de imitação/distinção, que serviam a aparência de cada cliente. Enquanto a nobreza feminina se afirmava por exemplo com o uso de averdugados (peças feitas de barbatanas de baleia, que dão forma aos vestidos, com aspeto de campânula, ex. imagem 2) espartilhos ou anquinhas, para conferir poder e estatuto à sua figura, a população mais humilde que vivia do seu trabalho diário, o realce que pretendia dar, era a salvaguarda de uma imagem de honestidade, com um traje de aspeto severo, o típico capote e lenço, que obrigatoriamente era traje de igreja, e que se fez perdurar no tempo.

Durante a Época Moderna, o ofício de alfaiate era bastante qualificado ao nível do corte e da confeção de vestuário, que já distinguia o trajar masculino do feminino. A aparência, era um elemento crucial para a categorização social e reforço de status e prestígio social no Antigo Regime. Indispensáveis às casas reais e aristocráticas, os alfaiates, teriam de corresponder com elevados padrões de perfeição e rigor, a esta clientela que não prescindia de materiais nobres nem de ornamentos extravagantes e exclusivos. Este elevado grau de conhecimento e performance, conferia-lhe prestigio social. Um dos pontos fortes desta profissão, era o contacto direto com os clientes, que os aproximava dos seus círculos sociais. Os que trabalhavam para o rei, adquiriam privilégios e eram agraciados com mercês reais.

Tiveram os alfaiates de Lisboa representação na Casa dos Vinte e Quatro, sendo-lhe conferida uma 1ª regulação em 1539, na qual encabeçavam o ofício, contando com os algibebes, carapuceiros e conteiros, como anexos. Em 1572, surge nova regulação, já com intenção de reduzir os conflitos das várias corporações, agrupando os alfaiates novamente como cabeça, com 3 anexos, os jubeteiros [que fazem gibões, um género de casaco até à cintura], os calceteiros [que fazem calças, que por esta altura eram uma espécie de meias que se atavam em torno das virilhas] e os algibebes [que vendiam roupa ou vestidos usados e remendados]. (Correia, 1926, pp.242-243). A designação do ofício relacionava-se com o tipo de vestuário que confecionavam. A aprendizagem era feita na oficina do mestre, onde aprendiam as quantidades exatas de pano para cada peça, assim como o corte correto para que nada faltasse ou sobrasse. E caso sobrasse, proibia-se fazer mantas com os retalhos velhos, não só por serem de durabilidade duvidosa, como também potenciar a transmissão de doenças.

Aos “alfaiates de obra de homens”, competia confecionar todo o tipo de pelotes [veste portuguesa antiga, de abas grandes que se vestia por baixo da capa], capas de capelo [parte do hábito de alguns religiosos com que se cobre a cabeça e os pescoço], gibões estofados de dois forros, lobas [tipo de vestidura eclesiástica até ao chão], capotes, calças justas e imperiais, calções franceses e tabardos [capa ou capote com capuz]. Os “alfaiates de obra de mulheres”, deveriam saber fazer “ábito de mulher”[vestido], “coz de vestir”, fraldinhas com a vantagem na traseira, cotas diversas [espécie de capinha] mantos, saios de dois debruns, saínhos, saios de mangas [espécie de roupa larga/casacão com bolsos], e gibões de seda. Os locais de confeção deveriam ter alguma visibilidade para o exterior, para se salvaguardar a utilização de peças ilícitas (Correia, 1926, pp.242-243).

A especialização dos alfaiates em função do tipo de vestuário, manteve-se, como ilustra um registo de óbito da fregª de S. Lourenço de Lisboa, neste caso relacionado com um traje para ocasiões solenes, usadas por magistrados ou colegiais : “Aos seis dias do mez de Março do anno de mil settecentos e settenta e quatro faleçeo da Vida prezente com todos os sacramentos João Francisco Mestre Alfayate de Becas cazado com Thereza Antónia morador na Rua Direyta de S. Lourenço. Não fez testamento e foy enterrado pela Ordem Treceyra de S. Domingos no seu Convento.(ANTT/ADL, Livro de óbitos nrº2, fl. 20v).

O protagonismo destes artesãos, renova-se com a eleição em 1767 do alfaiate Filippe Rodrigues Campos, para Juiz do Povo (Langhans, 1943,p.22), a quem coube a tarefa de reorganizar a Casa dos Vinte e Quatro e os regimentos dos ofícios mecânicos. Procurando pacificar as relações entre algibebes e alfaiates de medida, uniu as velhas profissões rivais no mesmo ofício, apenas diferenciando as obras que a cada um lhes era permitido realizar. Reunidos na Irmandade de Nª Sra das Candeias, na igreja de S. Julião, participavam na procissão de Corpus Christi. Apesar de se encontrarem por toda a cidade, foi na Rua de S. Julião, anteriormente conhecida por Rua dos Algibebes, que lhes foi atribuído arruamento.

Na cidade de Lisboa, Cristóvão R. de Oliveira registou em 1551, a existência de 859 alfaiates, 163 calceteiros, 119 algibebes, 24 jubeteiros, a que se juntavam 1606 “alfaiatas” [mulheres que ganhavam dinheiro a coser vestidos, de pano de linho ou fancaria, que se configuram como as antecessoras das costureiras]. Estes são alguns números, que refletem a grande afirmação e importância no panorama urbano, no que respeita à confeção de vestuário. Existia uma colaboração mais próxima com outros profissionais, como bordadores, fiteiras ou botoeiras, que se dedicavam à ornamentação. Por esta altura já estes mestres artesãos do vestuário se representavam na Rua dos Calceteiros (fregª S. Julião), e na fregª da Madalena já se configurava a Rua da Jubeteria e a Rua da Fancaria (Oliveira, C.R.de,1551)

O provimento têxtil, era de extrema importância e a reutilização das peças de vestuário, era prática comum. A roupa era feita à mão, em processo artesanal, em pequenas oficinas de feição familiar, organização que perdurou até ao séc. XIX. O povo, de menos recursos, recorria aos algibebes e adelas, que vendiam roupa usada pela cidade. Estas mulheres, também recebiam roupas de fiado, que amiúde não resistiam em disponibilizá-las para aluguer. No mesmo ano, contavam-se 30 (Oliveira, C.R.de,1551), em venda ambulante pelas ruas da cidade e nas feiras.

Um marco importante para os alfaiates, foi a publicação em 1580, em Madrid do “Libro de Geometria Practica y Traça” da autoria de Juan de Alcega, o qual permitiu grandes avanços técnicos. Incluía técnicas de corte, com moldes para fazer vestuário sob medida, e inspirou durante muito tempo a alfaiataria, incluindo a portuguesa. Continha cálculos e medidas, que possibilitavam fazer vários tipos de trajes, destinados mulher ou homem [imagem 3], civis, clérigos, ou militares, sem desperdiçar ou ficar a faltar de pano.

Na passagem da Idade Média para o período Moderno, a expansão ultramarina dos séculos XV e XVI, impulsionou e dinamizou o comércio, proporcionando o crescimento urbano da cidade. Sendo o ofício de alfaiate marcadamente “urbano” e, tendo esta conjuntura fornecido os aparatos que serviam à fabricação do vestuário, adquiriu protagonismo, numa indústria que se alimentava da moda.

Os cuidados com a saúde pública, impunham a cautela e vigilância a géneros que chegavam de fora, e que podiam vir “inficcionados” da peste, ou qualquer outro contágio “de Levante e Barbaria”, como o algodão e tudo que dele se fabricava, como os camelões, as plumas, e toda a seda. Estes artigos, chegados de terras do Oriente e norte de África, levantavam suspeição e eram enviados para o Lazareto da Trafaria, para se fazerem os respetivos assoalhamentos de quarentena (Oliveira, E.F.de, t.X, pp.127-128)

Os artigos que chegavam não só da Europa, como em particular aqueles que chegavam nas naus da Índia, era considerados de luxo e passaram a ser incluídos nas pragmáticas. Foi com D. Manuel I, que desde 1516 se passaram a incluir nessas leis, itens provenientes da carreira da Índia, como a seda, considerada despesa escusada, por existir no reino. O consumo de bens sumptuosos, particularmente os importados, eram considerados desnecessários e moralmente reprimíveis, vendo-se refreado por sucessivas pragmáticas, que vigoraram até ao séc. XVIII, muitas vezes sem sucesso, fosse por exceções à regra, fosse por artigos de contrabando, alguns deles ocultados debaixo das longas capas dos indivíduos. Esta indumentária chegou mesmo a ter uso condicionado, por normas vigentes que pretendiam limitar atos desviantes.

Acentuavam-se as proibições em períodos de crise (económica, financeira ou epidemias), com a justificação comum em limitar os gastos ao reino. O item do vestuário, incluído na maioria das leis pragmáticas - por questões morais ou por políticas protecionistas - visava interditar o uso de tecidos nobres, como as sedas, ornamentos com materiais preciosos (ouro, prata), certas cores e até mesmo feitios, ou excessos que se cometiam em ocasiões de luto, consoante a condição e grupo social, género ou cor de pele, deixando de fora os eclesiásticos, pelas leis canónicas. Os próprios oficiais mecânicos, tinham limitação no que pudesse ser entendido como “luxo”, nas suas indumentárias.

Não foi tarefa fácil para o alfaiate lidar com estas restrições, porque as punições recaíam não só sob o seu cliente, mas também sobre este artesão, pelo que temiam produzir peças para indivíduos que se diziam de condição, sem a possuírem. Dele se esperava um aguçado espírito de alteridade, para lidar com os pedidos de cada cliente, porque a ele cabia a responsabilidade da verificação da condição social do mesmo. Só a partir de 1610, deixaram de ter o ónus dessa verificação.

Em 1620, existiam em Lisboa 250 alfaiates, (Oliveira, f. N. de, 1620, p.565) valores que se apresentam contrastantes com os anteriores. Mantendo-se nesta data o mesmo número de algibebes, passa a ideia de alguma contenção na confeção do vestuário novo. A Lisboa Filipina não primava pelo luxo. Estando a corte ausente da cidade, não se pensava em receções e festas. O período de abertura à sociabilidade que lhe sucedeu, e consequente procura pelo luxo no vestuário, atingiu o seu apogeu no séc. XVIII, conhecido como a época de ouro da alfaiataria. Nestes séculos, era a nobreza que ditava as leis, seguida de perto e imitada pela alta burguesia. No outro extremo, era o povo, que reproduzia quase sem alteração o seu próprio vestuário, transmitido em herança de uma geração à seguinte e que resumia às necessidades básicas, uma peça de vestuário para o trabalho diário e outra para ir à missa ao domingo.

As modas chegavam principalmente de França, e sendo D. João V fervoroso adepto do aparato da corte de Luís XIV, realçava o seu poder através da ostentação do luxo e numerosas regras de etiqueta. Iniciou-se um consumo de moda endémico de níveis nunca antes vistos, que se prolongou por décadas. As festas, concertos, bailes e as famosas assembleias, eram aparatosas e de elegância levada ao extremo. Era toda uma “mise-en-scène” onde não faltavam as figuras emplumadas, os “peralvilhos”, peraltas e janotas que queriam aparentar serem ricos e estrangeiros. Havia casas em Lisboa de fancaria, onde o mais vulgar poderia apetrechar-se “à última moda de Paris”, onde encontrava de tudo, sapatos, fivelas, meias de rolo a condizer com a casaca, galões, camisas, cabeleiras, plumas, nada faltava na zona cintilante e agitada que agora animava o Chiado. (Castilho, 1955, pp 178-217). Abundavam perfumistas, cabeleireiros, quinquilheiros, luveiros e claro alfaiates. Sobressaíam já, as mãos femininas, na conquista do protagonismo na confeção de vestuário. Inicialmente contratadas por alfaiates, como costureiras, com tarefas menores, rotineiras e de condições mais duras, começam a distinguir-se na confeção de roupa, e sobressaem na indústria da moda. Eram modistas, aptas a criar estilo, corte e acabamento, que replicavam a última moda francesa, com figurinos em bonecos de miniatura, as “poupées de mode” que assim que chegavam à capital, deixavam as senhoras aristocráticas num afã desmedido, a exemplo a famosa casa da modista real Mme Levaillant. As últimas modas chegavam às mãos dos demais, através de periódicos, e especialmente em literatura de cordel e folhas volantes, acessíveis a qualquer um. Estes folhetos de perfil moralista, de crítica e ironia, iam cumprindo a sua função social, reprimir a ostentação e manter a tradição.

Fátima Aragonez (GEO - Núcleo de Demografia Histórica)

 

Bibliografia:

Alcega, J. de (1580), Libro de geometria, practica y traça, disponível Bibl. Digital Hispânica/Bibliot.Nac.Espanha, [disponível em https://bdh.bne.es/bnesearch/detalle/bdh0000022768]

Bluteau, Pe R. (1712-1728), Vocabulario portuguez, e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico ... : autorizado com exemplos dos melhores escritores portuguezes , e latinos; e offerecido a El Rey de Portugal D. Joaõ V. Coimbra, Collegio das Artes da Companhia de Jesu : Lisboa, Officina de Pascoal da Sylva

CML, (1979), O Povo de Lisboa, - Tipos, Ambientes, Modos de Vida, Mercados e Feiras, Divertimentos, Mentalidade, Exposição Iconográfica, Junho-Julho 1978-79, oficinas gráficas da CML

Castilho, J. de (1955), Lisboa Antiga, o Bairro Alto, vol. II, 3ª ed., dir. rev. e anot. Por Gustavo de Matos Sequeira, Lisboa, of. Gráfica da CML (pp.142-217)

Correia, V. (1926), Livro dos Regimentos dos Oficiais Mecânicos (…)  compilados por Duarte Nunes Leão (1572), Do Regimento dos Alfaiates, jubeteiros, calceteiros, algibebes, publ. e pref. por Vergílio Correia, Coimbra, col. Vieira da Silva, Impr. Univ. (pp.242-243)

Langhans, F.P. (1943), As Corporações dos Ofícios Mecânicos, subsídios para a sua história, com um estudo do Prof. Dr. Marcello Caetano, vol. I, Imprensa Nacional

Lipovetsky, G. (2010), O Império do Efémero, A moda e seu destino nas sociedades moderna, Ed. D. Quixote, (pp.20-21)

Nogueira, C. (2004), O essencial sobre a literatura de cordel portuguesa, INCM, Lisboa

Oliveira, C. R. (1551), Summario, em que brevemente se contem algumas cousas assim eclesiásticas, como seculares, que há na cidade de Lisboa, publ. na officina de Miguel Rodrigues

Oliveira, E.F. de, (1882-1911),  Elementos para a História do Município de Lisboa, Tomos: I (p. 189,), VI (p. 104), VIII (p.549) X (p. 127-8), XI (p. 605-610), XIII (p. 279 e segs), XVII (pp. 237-238)

Oliveira, Frei N. de (1991),  Livro das Grandezas de Lisboa (1620), pref. de Francisco Santana, col. Conhecer Lisboa (contém fac-simile da ed. Original de 1620 e texto atualizado por Mª Helena Bastos), Lisboa, Ed. Veja, Trat. IV, cap. VIII, (pp.565-576)


Fontes Manuscritas:

- ANTT/ADL/Livro de Assentos de óbito nrº2, fl, 20v, cód. refª PT-ADLSB-PRQ-PLSB61-003-O2_m0436. [disponível em https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4822693]

 

Símbolo de acessibilidade à Web

Site optimizado para Firefox 2.0.0.10, IE 7.0 e IE 6.0
Todos os conteúdos deste site são propriedade da CML ou das entidades neles identificadas.
Utilização sujeita a autorização da Câmara Municipal de Lisboa · © 2007
Desenvolvido por CML/DMAGI/DNT