Chocolatarias da Baixa e do Chiado

No final do século passado, houve actividades e produtos que foram conquistando o seu espaço e foram entrando no nosso quotidiano. Referimo-nos às chocolatarias, que recentemente abriram em Lisboa, casas especializadas na sua venda e até fabrico. Nova geração depois do fabrico que existiu até finais do séc. XX em fábricas como a Favorita (a Sapadores), a Regina (a Alcântara), a Aliança (à Junqueira), a Heller (à Escola do Exército) ou de marcas nacionais como a Imperial que continuam. O chocolate tem vindo não só a recuperar mercado como tem expandido as suas aplicações, o ramo alimentar in strictu sensu tornou-se pequeno para este produto que alargou fronteiras e conquistou também a área da cosmética, saúde, design, etc.. Contudo em bebida não é tão popular em Lisboa como noutras paragens, mas há que destacar um estabelecimento de roupa “O Chocolateiro” à Prª da Figueira – ainda hoje aberto – por se ter notabilizado em  oferecer às suas clientes aquela bebida enquanto esperavam.       

O grão de cacau, futuro pó de efeitos doces, estimulantes e dionisíacos, relembra-nos que já em 250 a.C. a civilização Maia o usava, atribuindo-se-lhes a execução de uma bebida sagrada que constituía o alimento dos deuses. Todavia, mais recentemente um grupo de arqueólogos encontrou evidências do uso e cultivo do cacau ainda mais antigos. Outros tempos, mais recentes, se podem recordar em que o cacau chegou a ser uma valiosa oferta de casamento ou de aliança comercial.

Mas o nosso enfoque é o presente. E como tal não podemos deixar de mencionar algumas cidades que incluíram este prazer nos seus roteiros, por exemplo Turim e Paris que têm um “chocolat-pass”, ou seja, um passeio do chocolate. Lisboa ainda não tem algo de semelhante mas a cerca de 100Kms a vila de Óbidos dedica-lhe todos os anos, desde 2002, uma homenagem.   

Ainda hoje, e tal como as flores, o chocolate pode constituir uma aproximação ao enamoramento, tal como pode adoçar a boca dos mais pequenos ou agradar aos mais velhos. Frio, quente, em tabletes, bombons, bolos, etc., mais simples ou mais sofisticado.  Mas o melhor é fazer um itinerário do chocolate por esta Baixa e Chiado que se quer, também,  gulosa!

Judite Lourenço Reis com a colaboração de Ana Rita Gonçalves e Iolanda Ribeiro (ISCTE-IUL) 

Levantamento das Chocolatarias da Baixa e do Chiado (descarregar PDF)

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