Casas de Material Eléctrico da Baixa e do Chiado

Apesar deste universo não ir além das seis lojas, foi possível desenhar um esboço de uma possível tipologia. Para isso atendeu-se, essencialmente, a critérios como os materiais vendidos, tipo de clientes, decoração da loja e os serviços oferecidos. Desta forma, as empresas Sealuz, Silétrica, ambas na rua da Madalena, a LuxLótus, mais acima na rua de S. Cristóvão, e a Bracinha & Silva, podem considerar-se lojas de cariz tradicional, visto que todas vendem a electricistas, fornecem os departamentos de manutenção dos hotéis da área da Baixa, bem como os mesmos departamentos das empresas, provenientes de outras actividades económicas, que não a hotelaria. Todavia não descuram a venda ao público, quer do bairro quer de quem visita a Baixa. Quanto ao espaço físico destas lojas, também se tornaram óbvias as similitudes, desde as fachadas de traça antiga, ou o facto de estarem todas no rés-do-chão, até ao tipo de artigos que vendem ou a forma como os expõem. Mas, em uníssono reclamam uma das principais valias: o conhecimento, fundamentado em anos de experiência nesta área de negócio, ao que a LuxLótus acrescenta ter serviço de distribuição.

Noutro quadrante está a empresa Fernando Louro - Sistemas para Edifícios, residente na rua dos Douradores, instalou-se na Baixa corria o ano de 2001, tendo aberto o espaço que consubstancia hoje a sua exposição comercial em 2008. Tendo nos gabinetes de arquitectura e engenharia os seus principais clientes, visto que apesar de venderem, igualmente, lâmpadas estão mais apostados no produto integrado, ou seja, a aquisição do candeeiro ou da lâmpada como alavancador da instalação ou renovação do sistema eléctrico do cliente. A fachada do edifício onde estão instalados foi alvo de obras, cerca do ano 2000. A decoração no interior da loja não revela de imediato o que a empresa oferece, pois são os candeeiros o produto que mais se evidencia. 

A empresa J. Roma, fundada em 1919, ocupa uma posição singular. Uma vez que não tem loja aberta ao público, pelo que há a necessidade de utilizar a campainha para mediar o começo da interacção. Mas a singularidade mantém-se, também, no que toca ao produto comercializado, visto que não vende materiais eléctricos nem lâmpadas. A sua área de negócio remete-nos antes para produtos para o ensino experimental em Ciência e instrumentos de medição para Engenharia.


Bruno Louro e Jamila Cabrita (ISCTE-IUL)

 

Levantamento das casas de material eléctrico da Baixa e Chiado  (descarregar PDF)

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