Entre a Baixa e o Chiado existem cinco casas de fotografia em que a mais antiga abriu em 1924 e a mais recente em 1994. Outras tantas devem ter aberto desde que este ramo surgiu e muitas fecharam nesta última década quando a fotografia digital veio reduzir a procura pela revelação fotográfica ou por acessórios e material fotográfico. Se continuam abertas deve-se, entre outras razões, por se adaptarem à evolução técnica deste ramo.

Adaptar-se significa contar com proprietários empreendedores que recorrem à imaginação, oferecem novos produtos e garantem a sua clientela. Assim, a loja mais antiga conserva em arquivo todas as fotografias que foram tiradas no seu estúdio desde que abriu, outra casa que se especializou com um estúdio de fotografia de crianças e outra ainda onde se encontra material fotográfico (analógico) em segunda mão. As maravilhas da tecnologia moderna permitem que outras lojas tenham recentemente apostado nos álbuns digitais para o cliente montar em casa e encomendar pela internet ou nas máquina de auto-serviço cujas fotografias são impressas num minuto pelo próprio cliente.

A fotografia de estúdio apresenta novas possibilidades através do uso de programas de tratamento de imagem e os “books”, álbuns de fotografias digitais, generalizam-se cada vez mais. Mais recentemente, os hábitos de revelação da fotografia parecem ter ressurgido. Não são poucos os clientes que recomeçaram a revelar as fotografias, assustados por terem perdido toda a sua informação digital. A máquina digital veio também permitir que qualquer pessoa consiga ter uma máquina fotográfica de qualidade razoável a um preço acessível. Entrámos numa época em que o exercício de fotografar encontra-se completamente generalizado e é presença constante no nosso dia-a-dia. Apesar de já não passar tanto pela casa de fotografia, será sempre necessário o conselho abalizado dos seus profissionais!

Diana Lopes Pereira

Levantamento das Lojas de Fotografia da Baixa e Chiado (descarregar PDF)