Ópticas da Baixa e do Chiado
As ópticas ou oculistas tiveram uma forte evolução a partir de meados do séc. XX, quer em número de casas, 7 antes da 2ª Guerra Mundial, quer em pessoal ao serviço, quer na variedade de armações e de lentes, quer nas técnicas de trabalho e de publicitação. Hoje são 24 lojas de 21 firmas mais um armazém de material óptico, o último duma série que existiram tendo mesmo existido uma fábrica de lentes – Rollis – na Rua dos Douradores até 1991.
Das existentes podemos agrupá-las em estabelecimentos únicos, geralmente detidos por um só profissional ou uma pequena sociedade e as lojas de cadeias ou marcas nacionais e internacionais. Dos primeiros, por reacção a estes últimos, alguns federaram-se em 3 ou 4 grupos de ópticas para fornecimento de material e imagem comercial, outros mantiveram-se independentes.
Algumas destas casas estão no 1º andar ou em vãos-de-escada, outras em lojas de pequena área, mas sempre com muita distinção e boa apresentação como convém a um ramo de saúde e de estética pessoal. Os profissionais – técnicos de óptica ocular, optometristas e contactologistas – têm formação profissional específica ou mesmo superior, devendo primar pelo rigor e responsabilidade de execução a partir duma prescrição médica. De resto a reputação profissional e a experiência fazem o bom-nome da firma, preferindo uns clientes o conselho do seu óptico, outros a marca ou moda. Quatro casas são centenárias, mesmo se hoje integradas em novas firmas ou novos proprietários. A evolução recente levou mesmo ao surgimento de 2 espaços só de óculos de sol o que obriga as restantes a especializar-se, p.ex. em artigos de precisão, ou a afirmar-se por uma marca ou integração num grupo ou pelo atendimento personalizado e conselho ao longo de anos e de gerações. Afinal cuidar dos olhos é tão pessoal e sensível como cuidar da sua apresentação pessoal.
Guilherme Pereira
Levantamento das Ópticas da Baixa e do Chiado (descarregar PDF)