Ourivesarias, Joalharias e Relojoarias da Baixa e do Chiado
Em tempos foi o comércio mais rico da Baixa, a tal ponto que deu nome às suas duas ruas mais importantes, depois da Augusta: ruas do Ouro e da Prata, porque aí se arruavam os mercadores e artífices dos respectivos arte e ofício. A relojoaria desde os anos 1980-90 que passou a estar associado à ourivesaria ou joalharia.
No dizer do Sr. Jorge E. Araujo da Ourivesaria Araújos “Já desapareceu um meio cento de ourivesarias e joalharias da Baixa nas ultimas décadas” . Hoje são 64 no conjunto da Baixa e do Chiado, mas dão o brilho e o chique de sempre: a elegância com riqueza ou se quisermos “o belo associado ao valor”.
Tal transformação deve-se sobretudo às mudanças de consumo e de gosto: hoje compram-se menos jóias, não se entesoura em pulseiras, faqueiros ou baixelas e um relógio já não é a peça que se oferece para toda a vida! Mas as ourivesarias da Baixa e do Chiado vivem e preservam a bela prata portuguesa, a jóia de pedrarias, a delicada filigrana em ouro, lindas, dignas de se verem!
É a maior parte das vezes uma PME, bastas vezes um negócio de família de geração em geração, condicente com a confiança e garantia que a profissão deve inspirar. A regulamentação, pela Contrastaria, é estrita e a marca própria ou punção é obtido por provas dadas e está registada, o que lhe granjeia a confiança por parte do público e a preferência pelo “ouro de lei” e pela “prata de lei” por parte de nacionais e de estrangeiros.
Quanto aos estabelecimentos em si, eles são duma variedade de estilos, dimensão e oferta de artigo que só a sua visita é uma viagem no tempo, alguns deles verdadeiras relíquias de património e de arte.
Guilherme Pereira
Levantamento dos Ourives, Joalheiros e Relojoeiros da Baixa e Chiado (descarregar PDF)