É uma actividade que se apresenta em empresas de marca, algumas destas franqueadas ou em estabelecimentos multimarcas, em propriedade unipessoal ou sociedade por quotas e estabelecimentos “tradicionais”, de maior ou menor antiguidade. Novos tipos de firmas têm surgido neste ramo, mais viradas para a cosmética - capilar e dérmica - e menos para o perfume. Uma ou outra marca de cuidar da beleza e do corpo, apresenta-se também como parafarmácia.

As marcas mais modernas, mormente as de franchising, fazem uma promoção de produtos naturais, garantidamente sem efeitos secundários e não testados em animais, defendendo uma sustentabilidade ecológica. São 23 lojas de 21 firmas, 2 das quais têm 2 e 3 lojas cada uma só na Baixa e Chiado, mas o numero tem variado nos últimos anos, com aberturas e encerramentos ao longo da primeira década do séc. XXI. Aqui a modernização da decoração e das técnicas de venda, concomitante com o crescer de marcas industriais, quase todas internacionais, tem reduzido a oferta do perfume artesanal ou sem marca.

Aliás a promoção de algumas marcas é notória na sua exposição exclusiva nalgumas montras e no resguardar-se do olhar exterior, por montras fechadas para o interior. As decorações também são padrão neste ramo de comércio: os expositores vão até à altura dos olhos e só as paredes se revestem de prateleiras em fundo de vidro ou acrílico fosco iluminado. A arrumação é por tipos de artigos e por marcas. Muitas destas repetem-se na quase totalidade das casas e arrumam-se por linhas de produtos: sabonete, perfume, água-de-colónia ou sabonete, desodorizante, after-shave, etc.

Com tanta sofisticação, ficou no passado a água-de-colónia, feita artesanalmente de álcool, água oxigenada, essência de perfume e estabilizador, quiçá o primeiro perfume a ser largamente comercializado desde a Idade Média através de toda a Europa.

Guilherme Pereira

Levantamento das Lojas de Perfumaria e Cosmética da Baixa e Chiado (descarregar PDF)